Impacto das manipulações das redes sociais nas eleições
Impacto das manipulações das redes sociais nas eleições
No contexto de processos eleitorais, as redes sociais podem ser instrumentalizadas para influenciar os resultados das eleições, desacreditando candidatas/candidatos e partidos políticos, fornecendo informações incorretas sobre o processo de votação (supressão de votos) e procurando influenciar as escolhas eleitorais de determinados segmentos da sociedade que podem ser alvos com base em padrões sugeridos pelo processamento dos seus dados pessoais e da sua atividade nas redes sociais.
A desinformação pode resultar na violação de direitos que constituem prérequisitos a eleições livres e genuínas. Por exemplo, o discurso do ódio e a discriminação podem ser amplificados por campanhas de desinformação online e podem, por sua vez, conduzir a riscos para a segurança da pessoa e a crimes de ódio. A liberdade de expressão e acesso à informação também pode ser afectada se um eleitor só tiver acesso a notícias através de uma plataforma de rede social que contenha predominantemente ou apenas desinformação. A divulgação da desinformação pode levar à redução da compreensão entre pessoas com opiniões ou antecedentes diferentes e exacerbar a polarização, jogando com e distorcendo as ideias negativas de umas pessoas sobre outras. Pode ser utilizada para fragmentar e manipular o discurso público, privando o eleitorado de informação crítica para a sua tomada de decisão.
Referência Bibliográfica:
■ Human Rights, *Direitos Humanos E Eleições*: Um Manual Sobre As Normas Internacionais De Direitos Humanos Relativas A Eleições, Guiné-Bissau, 2022
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